A depressão, o suicídio e o olhar da Constelação Familiar

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Em um dos livros do Bert Hellinger (No Centro Sentimos Leveza), ele descreve uma constelação familiar em que uma mãe não sabe o que fazer pois a filha pequena não quer ir para a escola e chora muito, dá muito trabalho mesmo quando deixada na porta da escola.

Durante a constelação, Bert pede para que a mãe escolha um representante para ela e outro para a filha.

A representante da mãe se abaixa e fica no chão, fazendo um movimento como se estivesse limpando o chão. A representante da filha apenas observa.

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Bert Hellinger pede que a representante da mãe diga: “Eu fico” e quando ela fala essa frase, a situação se dissolve e a filha fica em paz.

A explicação de Bert Hellinger é que a mãe tem pensamentos de fuga, suicídio e quer ir embora.

E a filha, inconscientemente não quer ir à escola para cuidar da mãe e tentar impedir que ela acabe com a própria vida.

A dinâmica da Constelação Familiar mostra o que está oculto

Eu gosto muito desse trecho e o utilizo sempre em exemplos em minhas palestras e workshops.

A dinâmica da Constelação Familiar é oculta, mostra por trás de situações que parecem simples a um primeiro olhar, o que de fato está acontecendo.

Claro que está acontecendo o que vemos na superfície: uma filha que não quer ir à escola, e tem inúmeras justificativas racionais para isso.

Porém, a Constelação Familiar vai mais além, e mostra a raiz da questão. Todas as justificativas racionais ficam frágeis quando nos deparamos com uma resposta como essa.

Agora, o paralelo que convido você a fazer é esse: e a dor de cabeça que eu tenho e não passa, e a resposta racional é que enxaqueca é genético?

E o emprego que não consigo arrumar, e a justificativa é que o mercado de trabalho está em recessão?

E a dificuldade de engravidar, e a resposta que ouço dos médicos é sobre ovário policístico?

Veja, todas as respostas acima são corretas.

Nenhum médico está te enganando, a medicina tem estudos milenares e com certeza dá respostas corretas às questões.

A economia brasileira está realmente em recessão no momento em que escrevo esse texto.

E essas são justificativas racionais. Mas e as respostas inconscientes?

Porém, se olhar mais profundamente, a enxaqueca pode ser uma maneira de olhar para um excluído do meu sistema, e inconscientemente eu dizer a ele: eu vigio por você, eu fico sempre alerta por você – e com isso não consigo relaxar e trago a enxaqueca para mais perto.

A falta de emprego pode ser uma maneira de eu honrar meu pai e dizer que eu vou até onde ele foi, portanto não me sinto capaz de ter um emprego melhor do que ele teve.

A dificuldade de engravidar pode ser um recado para meu marido, ou para minha esposa: ainda temos algo a resolver em nossa relação e aqui um filho não pode entrar.

Essa é a revelação de uma constelação.

Inconscientemente sabemos as respostas.

As ações, na superfície, podem parecer estranhas. Mas elas têm um motivo.

O que precisamos, quando iniciamos uma constelação, é olhar com amor para o que existe, o que está por trás.

Precisamos nos abrir para o que não conhecemos ainda.

Com amor,
Ju Isliker

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