Não sei o quanto você é adepto da leitura como forma de aprendizado.
Eu quero dizer que eu sou, e muito!
A minha paixão pelos livros teve uma semente bem plantadinha lá atrás, pelos meus pais.
Meu pai sempre gostou muito de ler, e sempre que me lembro dele na minha infância ele estava sentado lendo algum livro, jornal, ou revista.
Minha mãe por sua vez, sempre nos levava (eu e minhas duas irmãs) à Biblioteca Municipal da Vila Romana e hoje eu vejo como fez diferença nas nossas vidas essas visitas que fazíamos lá depois da aula.
Essa biblioteca tem aquele encanto de infância pra mim, pois eu me embrenhava por estantes e mais estantes de livros.
Nós ficávamos lendo na própria biblioteca, além de levar alguns exemplares emprestados quando saíamos de lá.
Enquanto eu estou escrevendo esse texto, vou me lembrando dos móveis, dos corredores e da bibliotecária que nos atendia sempre.
Lembro também que a nossa vontade era pegar livros bem grandes para que durassem uma semana, que era o tempo do empréstimo – livros pequenos acabavam rápido e demoraríamos uma semana para voltar e era tão chato ficar sem ler!
Bom, mas eu estou escrevendo sobre minhas lembranças de infância e sobre a Biblioteca por duas razões:
Primeira para dizer como é importante o nosso sistema familiar e tudo o que ele nos ensina.
Veja que essas lembranças são dos meus nove anos de idade, dez no máximo.
Assim como foram bem plantadas algumas sementes de leitura e aprendizado, também outras, de emoções, crenças e valores.
Só que essas a gente guarda em outro lugar, no nosso inconsciente.
A gente não questiona se é bom ou não, apenas acreditamos nelas pois é o que aprendemos a fazer desde pequenos – a absorver o que os nossos pais nos ensinam.
Segunda para dizer que eu sou uma pessoa que está sempre buscando aprender mais sobre algum tema que me fascina. E a constelação familiar é um deles!
Além dos livros de Bert Hellinger, que já mencionei em outro texto nesse blog, existem outros diversos autores que estudaram muito sobre a Constelação Familiar (alguns deles estudaram com Bert Hellinger inclusive), e que podem nos trazer outras formas de abordagem sobre as Constelações Familiares.

Ursula Franke
A Ursula Franke, por exemplo, tem uma abordagem muito científica e os dois livros que eu li dela, mostram as Constelações Familiares de uma maneira totalmente empírica e investigativa.
O que isso quer dizer?
Que ela começa como se estivesse com um papel em branco na frente, começa a estudar outros autores além de Bert Hellinger (como se o fato dela ter aprendido com ele a fizesse buscar outros autores para comprovar as origens do que ele diz), e então ela vai tecendo hipóteses, argumentos e conclusões.
Os dois livros que estou mencionando são:
São lindos e muito profundos e caso você goste dessa abordagem mais científica, tenho certeza que vai adorar!

Stephan Hausner
Outro autor que gosto muito, e que também tem uma abordagem diferente chama-se Stephan Hausner.
Ele também aprendeu com o Bert, concluiu algumas coisas quando começou a documentar o que tinha visto e sentido ao estar perto do Bert Hellinger.
E o que me encanta na sua maneira de escrever é que ele é médico, super didático e super engajado pela causa da saúde de uma maneira mais ampla, integral e holística.
Sua abordagem sempre começa com uma teoria por trás, argumenta e se embasa para mostrar as conclusões a que chegou e depois comenta diversas constelações, exemplificando.
O que eu acho muito bonito também são os depoimentos das pessoas que se transformaram depois das constelações e como a vida delas mudou, ao serem tocadas profundamente.
O livro a que estou me referindo chama-se: As Constelações Familiares e o Caminho da Cura

Klaus Grochowiak e Joachim Castella
Outros dois autores que eu gostei muito de ter contato foram Klaus Grochowiak e Joachim Castella.
Eles escreveram um livro chamado Constelações Organizacionais, Consultoria Organizacional Sistêmico-Dinâmica.
É um livro de trabalho, falando sobre Constelações no trabalho.
Quando eu li esse livro, me deparei com uma visão tão diferente da Constelação, porém tão próxima a outro lado que eu conheço bem, que é o lado das empresas.
Os dois autores conseguiram unir os conhecimentos da Constelação Familiar e sua abordagem, com os conhecimentos de hierarquia, organogramas, e outros temas como cultura empresarial.
Tem até fluxogramas no livro para que fique didático e eles consigam explicar o que estão trazendo.
No final eles transcrevem uma entrevista que fizeram a Bert Hellinger perguntando especificamente sobre as Constelações Organizacionais.
A maneira como eles conversam e desafiam seus conceitos pré-estabelecidos nessa entrevista é digna de muitas reflexões e vale muito a leitura.
Claro que existem muitos outros autores falando hoje sobre Constelação Familiar, mas eu quis trazer aqui neste post um tema interessante que são diferentes abordagens sobre os mesmos temas e como podemos aprender com pessoas que às vezes explicam de maneiras diferentes.
Eu gosto da maneira do Bert Hellinger de escrever, mas já ouvi pessoas dizerem que não gostam.
Acredito que podemos encontrar o autor certo para nós, assim como Bert Hellinger fala que o constelado encontra o constelador certo para ele.
Seja Bert Hellinger, alguns dos autores acima ou ainda outros, o que vale é adentrar nesse mundo de tantas revelações e curas!
Um beijo,
Ju
P.S. Não posso deixar de fazer o meu comercial aqui e dizer que também tenho um livro escrito sobre Constelação Familiar.
Mas, no meu caso, como tudo o que gosto de fazer, escrevo em forma de conversa.
Você pode adquirir o livro Conversas Sobre Constelação Familiar na Amazon.

