Estabelecer Limites

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Acredito que umas das coisas mais importantes da vida adulta seja estabelecer limites.

Sim, porque um projeto que não queremos fazer, mas fazemos mesmo assim, nos drena energia. Um passeio que não queremos ir, mas vamos mesmo assim, nos drena energia. Uma relação que não queremos estabelecer, mas continuamos nela mesmo assim, nos drena uma baita de uma energia.

A questão é: por que então não estabelecemos limites saudáveis para nós mesmas?

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Acredito que tem algumas respostas para essa pergunta: uma delas passa por outra pergunta: Por que é tão difícil falar um “não”, para algo que está tão claro para nós?

Outra resposta tem a ver com o pensamento de que talvez nem saibamos quais os limites saudáveis. Se eu nem sei do que eu gosto, ou de qual relação vou me nutrir mais, como vou saber se aquela em que me encontro é saudável para mim?

Complicado, né? Tanto a primeira como a segunda resposta valem a continuidade da nossa conversa!

A primeira fala sobre termos a falsa impressão de que sendo boazinhas, vamos corresponder a uma expectativa que a outra pessoa tem de nós. Que fazendo o que ela quer, ou seja, não colocando nossos limites, nós vamos ser bem-vistas e portanto aceitas. Agora, vamos parar para pensar: o que eu sei da expectativa que a outra pessoa tem de mim?

Não dá para saber. Mesmo que ela comunique o que ela quer, nós ainda vamos ficar presas na ideia do que achamos que é a expectativa dela. Porque na nossa fantasia, acabamos criando essa imagem com informações que temos no nosso inconsciente, ou seja, com o que acabamos aprendendo que eram as expectativas dos nossos pais para nós mesmas. Super complexo, então, acharmos que ao sermos boazinhas vamos atender algo para o outro. No fundo, o que vamos fazer é talvez criar um buraco grande para nós mesmas, e ter dificuldade (talvez) de sair dele.

A segunda resposta é talvez mais complexa. Mas passa também por um processo de conhecimento e autoconhecimento. Se eu não sei do que eu gosto, como vou saber do que eu não gosto?

Tudo bem que hoje em dia estamos cheias de informações do que é certo e do que é errado em termos de relacionamentos, ou comportamentos. Existem milhares de gurus nas redes sociais ditando o que seria apropriado para mulheres como nós. Mas, e daí? Quem de verdade me conhece melhor, do que eu mesma? Isso, é claro, se eu invisto tempo e consciência para me conhecer.

Mas eu faço isso?

Ou continuo sendo capturada por atividades que me chamam, reuniões que não quero ir, festas às quais não queria estar, relacionamentos que não me agregam?

Como é importante pensar nisso, não é?

Beijos carinhosos,

Ju Isliker

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